terça-feira, 17 de junho de 2008

200 anos de Imprensa Brasileira

Almanaque da Comunicação

“Rodamos o mundo atrás de novidades e acabamos pagando multa pelo excesso de bagagem Fonte: Meio e Mensagem.

O Observatório na cobertura do questionável quarto poder.
Viva os 200 anos da imprensa, que por sua vez não ouve nem uma comemoração quando completou seus aninhos semana passada. Observatório de imprensa criticou. E eu acrescento, comemorar o que? O novo método do jornalismo. Cópia e cola. Cópia e cola. É isso que venho aprendendo com a mídia eletrônica. Então para seguir a nova tradição. Vamos ao texto do Observatório.


IMPRENSA BRASILEIRA, 200 ANOS
Uma comemoração envergonhada

Nossa imprensa envergonhou-se no domingo (1º/6) ao completar 200 anos de existência. De todos os jornais e revistas de referência nacional, apenas a Folha de S.Paulo lembrou-se do "Dia da Imprensa" e a ele dedicou uma página inteira do primeiro caderno.
O primeiro texto do primeiro periódico a circular no Brasil, o Correio Braziliense, foi escrito em Londres por Hipólito da Costa, patrono do nosso jornalismo, no dia 1º de junho de 1808. Um aniversário desta importância não pode passar em brancas nuvens, nem ser jogado na clandestinidade.
A súbita amnésia não pode ser atribuída ao mal de Alzheimer nem à senilidade. Este esquecimento tem explicações: o Brasil foi um dos países da América que mais tarde ingressou na Era Gutenberg e este atraso não pode ser atribuído ao acaso nem apenas ao absolutismo português.
Dura na queda
O Brasil foi censurado ao longo de 308 anos. E a culpa maior desta censura deve ser atribuída à Santa Inquisição. E a Inquisição era um braço da Igreja. E a ala mais agressiva e poderosa da Igreja contemporânea chama-se Opus Dei – com grande influência na mídia latino-americana, sobretudo no Brasil.
No domingo, dia em que nosso jornalismo completou dois séculos, deixamos de homenageá-lo. Não foi por falta de espaço, os jornais estavam cheios de publicidade. Assim como a Folha encontrou uma forma de saudar a data, os demais poderiam ter feito o mesmo. Ou até mais.
A festa do jornalismo não aconteceu porque os donos do nosso jornalismo não quiseram ferir suscetibilidades nem lembrar que a Inquisição não morreu, apenas trocou de nome.


Por: Por Alberto Dines em 2/6/2008

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